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A psicologia, ou melhor, o ‘Pensar Psicológico’, é composto por diversas abordagens. Essas abordagens são como pontos de vista, formas de se ver e entender um sujeito. Cada uma possui seus próprios objetos de estudo, técnicas, métodos e sua visão de sujeito.
Também podemos encontrar pessoas, ou documentos, que se referem às abordagens como perspectivas epistemologica e teóricas da psicologia! Conforme citado em um outro artigo aqui do blog sobre as Habilidades Basicas do Psicólogo.
Talvez, a forma mais simples de entendermos porque existem tantas abordagens seja entendendo um pouquinho de como a psicologia surgiu como campo de conhecimento.
Entretanto, é complicado falar disso de forma pontual, porque muitas pessoas participaram e ainda participam desse processo. O que normalmente falamos é do surgimento de ‘maneiras de se pensar o psicológico’ e seu grande número de perspectivas.
Vários teóricos irão falar que Wihelm Wundt (século XIX), seria o ‘pai’ da psicologia. Ele foi um médico que focou nos estudos de fisiologia e psicologia, foi responsável por tornar a psicologia experimental como um campo de estudo próprio, independente da filosofia.
Mesmo assim, não podemos dizer que Wundt criou a psicologia como um todo, pois ela é o resultado de uma longa sequência de esforços. Vários estudos, de diferentes pessoas, criaram um momento histórico/cultural que tornou possível para Wundt estabelecer a Psicologia como área do conhecimento.
Um exemplo disso é que desde os séculos IV e V a.C. já existiam escritos e estudos que envolviam esse ‘pensar sobre o psicológico’. Esses estudos podem ser vistos em Platão e Aristóteles, por exemplo.
Não é meu objetivo aprofundar na história da psicologia, inclusive existem muitas questões relevantes além dessas que eu citei. O que importa aqui é entendermos que a psicologia é uma ciência que se originou da filosofia. Depois disso, foi desenvolvida por diversos profissionais, de várias partes do mundo, tanto da área da saúde como da sociologia e filosofia.
E é com base nisso que as abordagens surgiram, pois esses profissionais estavam estudando, separadamente, o ser humano de diferentes pontos de vista. Alguns estudando o inconsciente; outros o comportamento; a existência; as relações com a sociedade; com a família ou, ainda, estudando fenômenos específicos, como: depressão; ansiedade; e assim por diante.
Além disso, as abordagens (ou linhas) da psicologia podem ter diferentes formas de entender o que é o ser humano, as chamadas ‘visões de sujeito’.
Já as abordagens seriam como os galhos. Ou seja, ramificações dessa área do conhecimento que buscam desenvolver métodos e técnicas para aplicar todo esse conhecimento. São elas que dão os ‘frutos’ para que a sociedade faça proveito.
Assim como os galhos, as abordagens não dependem uma da outra para existirem. Algumas são mais próximas, outras estão em lados opostos, algumas até são ramificações de uma mesma base. Mas independentemente disso tudo, em essência elas fazem parte de uma coisa só.
Vale lembrar que abordagem é diferente de área de atuação. Todo profissional da psicologia, independente da área que atue (jurídica, hospitalar, clínica, organizacional, esporte, entre outras), irá ter uma abordagem.
A área de atuação irá delimitar alguns objetivos e públicos específicos na atuação da(o) Psicóloga(o), mas a forma de ver e entender o sujeito, ainda irá depender da abordagem!
A principal diferença entre as abordagens, quando se trata da prática, será nos métodos e técnicas que a(o) profissional irá utilizar. Todas essas técnicas têm sua eficácia comprovada científicamente e, apesar de seguirem por caminhos diferentes, alcançam os mesmos resultados quando utilizadas por profissionais qualificados!
Bom, cada linha terá sua própria forma de abordar e desenvolver as questões que o paciente traz, com base em suas próprias fundamentações teóricas. Na parte prática, as principais diferenças são relacionadas a objetivos e recursos utilizados na atuação do profissional.
Cada um desses recursos ou desses settings possuem sua própria complexidade. No geral, o importante é que: existem algumas diferenças e as vezes elas podem ser percebidas durante a atuação de um profissional.
Caso deseje entender melhor as técnicas e/ou settings que sua/seu psicoterapeuta utiliza, a melhor opção é sempre perguntar diretamente para ela(e)!
Quando falamos em abordagens é comprovado, a partir de estudos e dados científicos (que irei disponibilizar ao fim desse artigo), que não existe diferença no que diz respeito a eficácia. Ou seja, toda abordagem terá os mesmos resultados se o profissional for qualificado para atuar como psicoterapeuta, e o paciente estiver disposto a imergir na técnica ou método proposto.
Algumas vezes, entretanto, encontramos pessoas que não se adaptam muito bem a uma abordagem ou técnica específica. A melhor forma de garantir a qualidade do seu processo psicoterapêutico é confiar na(o) profissional que te atende. É muito importante falar para o(a) profissional qualquer aspecto da terapia com o qual você não esteja se dando bem. A partir disso, ele(a) pode te orientar e ajudar a encontrar a forma adequada de dar continuidade na psicoterapia.
Olá! Meu nome é Suellen, sou formada em psicologia, pós-graduada em Psicologia Clínica pela abordagem psicanalítica e mestranda em Psicologia clínica na linha de psicanálise. Atualmente, atendo adultos e adolescentes na modalidade Online!
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© Suellen Kochinski Borges de Oliveira | 2020